Antes de tomar certas decisões, os governantes deveriam pensar duas vezes, analisar todas as possibilidades e consultar sua consciência. Uma vez tomada a decisão, fariam exatamente o contrário. Valendo-se desse método, o governador tucano de São Paulo talvez não tivesse feito o que fez na sexta-feira passada.
A repórter Julia Duailibi conta o seguinte: na companhia da mulher Lu, Geraldo Alckmin usou o helicóptero oficial do Estado para buscar o filho, a nora e seus dois netos no aeroporto de Guarulhos.
Deslocando-se em seu carro particular, o governador teria levado mais de uma hora para vencer os 51 km que separam o Palácio do Bandeirantes do aeroporto. Nas asas do contribuinte, evitou o trânsito, pousou em pista de autoridades e espetou o combustível no bolso do alheio.
A primeira dama Lu pendurou fotos na internet. Numa delas, o marido faz pose ao lado do neto no interior do helicópeto.
Ouvida, a assessoria de Alckmin disse que o uso do helicóptero para fins familiares é um direito do governador. Alegou-se que a aeronave se “destina a qualquer dos seus deslocamentos enquanto ele estiver no exercício do cargo, 24 horas por dia.” Uma criança de colo consideraria tal argumento frágil. Taí, já que a consciência já não o socorre, Alckmin talvez devesse pedir conselhos ao neto.
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