Estudante foi atingida no pé pela explosão do artefato (Foto: Arquivo Pessoal) |
Uma adolescente de 16 anos se recupera dos ferimentos que sofreu no pé
depois de ser atingida por uma bomba dentro de uma escola estadual em Salto de Pirapora
(SP). O caso aconteceu em 25 de outubro, mas foi divulgado nesta
segunda-feira (11). A bomba teria sido jogada por outro aluno da
instituição, que foi transferido para outra escola após o caso.
A jovem Camila Barbosa de Oliveira conta que a explosão aconteceu
durante uma apresentação de Dia das Bruxas, no refeitório da escola
estadual Prof. Benedito Leme Vieira Neto. "Tínhamos preparado o local
para um trabalho de Halloween. Como a sala estava escura, com fumaça,
não dava pra enxergar direito. Na sala podiam entrar apenas quatro
pessoas por vez. Ele [o estudante que jogou a bomba] entrou junto com o
grupo e, durante a apresentação, quando eu saía de dentro de um caixão,
veio pra cima de mim. Não entendi direito e achei que era brincadeira.
De repente ele se abaixou a acendeu a bomba, que estourou no meu pé.
Como o tema era 'Dia das Bruxas' demoraram para me socorrer, porque
acharam que fazia parte da apresentação. Senti muita dor, o meu pé
estourou embaixo e quebrei dois dedos", conta a adolescente.
A adolescente ficou quatro dias internada no Hospital Regional, em
Sorocaba (SP), e mesmo depois da alta teve que voltar para tomar soro e
medicamentos para a dor. A mãe conta que a jovem está sofrendo muito,
principalmente, pelo risco de sequela. "O médico não sabe se ela vai
voltar a andar porque o pé ficou destruído. Minha filha sente muita dor e
parece que está piorando ao invés de melhorar", diz a mãe, Alice
Barbosa de Souza.
Na explosão do artefato apenas Camila ficou ferida. Ela contou que o
alvo do estudante era a professora de artes, não ela. "Apesar dele ter
tentado me agredir durante a apresentação do trabalho, acredito que eu
não era o alvo. Eu não conheço ele, e por isso não teria motivos. O que
disseram era que ele queria mesmo acertar a professora de artes que
estava dentro do refeitório conosco", comenta.
Estudante ficou internada durante quatro dias (Foto: Arquivo pessoal) |
A mãe afirma que já buscou informações no fórum para saber como deve
proceder e responsabilizar a escola. "Não tivemos apoio da diretoria da
escola para a compra de remédios, por exemplo. Somente agora nos
procuraram para saber se precisamos de algo", desabafa.
Em nota, a Diretoria de Ensino de Votorantim (SP) afirmou que a família
recebeu todo o apoio necessário. "Os pais do aluno envolvido foram
acionados e ele foi transferido para outra unidade de ensino como medida
disciplinar baseada no regimento escolar. Desde então, a jovem é
acompanhada por funcionários da escola, que estiveram no hospital e em
sua residência. Desde a semana passada, após sua recuperação, ela
realiza exercícios pedagógicos em casa, com a supervisão de uma
educadora. A Diretoria informa ainda que o plano de reposição das aulas
foi finalizado ontem com todo cronograma de recuperação do conteúdo",
diz a nota.
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