Panfletagem e visitas às escolas devem mobilizar professores para aderir à greve a partir de quinta-feira
A greve organizada pelos professores da rede estadual não teve adesão em Sorocaba nesta segunda-feira e as aulas seguem normais nas escolas estaduais da cidade durante o período da manhã, informou a subsede Sorocaba do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Representantes do sindicato se reúnem hoje para decidir os rumos do movimento e, a partir de quinta-feira, panfletagem, passeatas e uma assembleia devem mobilizar os professores para aderirem à mobilização.
A greve foi aprovada pela categoria na última sexta-feira, na Capital, em assembleia realizada na avenida Paulista. Os professores saíram do vão livre do Masp e foram para a Secretaria de Educação do Estado, na praça da República, onde protocolaram o aviso de greve. A subsede local da Apeoesp é formada por 20 mil professores de Sorocaba, Votorantim, Salto de Pirapora, Araçoiaba da Serra, Pilar do Sul, Tapiraí, Piedade e Iperó.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações da categoria estão aumento de 75,33%, para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior; e implantação da Lei Nacional do Piso, que prevê que um terço da jornada seja cumprido fora da sala de aula. A data-base da categoria venceu no dia 1º de março, mas segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), as negociações com o governo estadual estão emperradas.
O sindicato da categoria também reclama do fechamento de salas de aula e a consequente superlotação. De acordo com a Apeoesp, 2.500 salas de aula de todo o estado de São Paulo foram fechadas no final de 2014. Segundo Magda, em Sorocaba 102 foram fechadas no final do ano passado. "O governo tenta justificar dizendo que houve redução da demanda, mas estatísticas do IBGE apontam que a população de Sorocaba cresceu 4.55% nesse período", argumenta.
Outro item da pauta de reivindicações dos professores é o fim do chamado regime de "duzentena" para docentes da categoria O. Conforme regra criada pelo governo estadual, os professores aprovados em processo seletivo desde 2009 devem ficar afastados das atividades por 200 dias, após terem trabalhado por igual período.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
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