O recipiente de 13 quilos do GLP aumentará, no mínimo, 4,13%
Vanderson acredita em novo aumento até o final do ano - PEDRO NEGRÃO |
Quem precisar comprar um botijão de gás a partir de hoje sentirá no bolso o reajuste do produto, que acaba de ser repassado aos revendedores. O governo de São Paulo reajustou a base de cálculo para a aplicação da alíquota de 12% de ICMS sobre o gás GLP, tornando assim mais alta a parcela de imposto sobre o produto vendido às distribuidoras para comercialização dos botijões de 13 quilos. Para este tipo de embalagem, consumida majoritariamente pelas famílias, o aumento será, no mínimo, de 4,13%. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás de cozinha em Sorocaba estava até ontem, com o preço médio de R$ 43,19.
Proprietários de revendedoras estão insatisfeitos com o reajuste, que segundo eles, foi avisado com menos de uma semana de antecedência. "Fomos todos pegos de surpresa com esse aumento e o problema é que nossos clientes também serão surpreendidos", afirma Vanderson Alves Rodrigues, revendedor de botijões há cinco anos no Jardim Santa Cecília. Segundo ele, esse reajuste veio em uma época anormal do ano, pois o aumento sempre acontece no mes de setembro. "Acredito que daqui cinco meses o preço subirá de novo. O problema é que nosso cliente não entende que isso não depende de nós", explica. Em seu estabelecimento, que até ontem comercializava o produto por R$ 46. O botijão passa a ser vendido a partir de hoje a R$ 49.
Em outra revendedora, no Jardim São Guilherme, o aumento será de R$ 2,50 sobre o produto, que até ontem, custava R$ 45. "Eu fiquei sabendo do reajuste há cinco dias e quando encontro com clientes já aviso", conta Osaias Ferreira, que trabalha no ramo há dez anos. Assim como Ferreira, o comerciante Joel Guerreiro, também proprietário de uma revenda de botijões de gás, conta que as reclamações dos clientes por conta dos reajustes são frequentes. "Eu até brinco com o povo quando eles reclamam. Sempre aviso que vai aumentar". Em sua loja Guerreiro explica que o aumento deve ser de 6%, pois esse foi o valor repassado pela distribuidora. "Até ontem custava R$ 50, mas hoje já é R$ 53".
Clandestinos
Uma reclamação comum entre os revendedores legalizados de botijão de gás é a venda clandestina do produto, que normalmente tem o preço reduzido por conta da sonegação de impostos. "Nós trabalhamos corretamente e anualmente o Ipem fiscaliza o nosso serviço", conta Vanderson Alves Rodrigues. O Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (Ipem-SP) é responsável por fiscalizar distribuidoras e revendedoras de gás em todo o Estado.
A verificação da quantidade de gás contida nos botijões é feita por amostragem, segundo o Ipem-SP e o tamanho da amostra depende do tamanho do lote presente no local de verificação. A fiscalização considera a média e o desvio padrão da amostra, além de erros individuais, além de analisar se a tara corresponde, de fato, ao peso do botijão vazio.
Osaias Ferreira, proprietário de uma revendedora, explica que o cliente pode solicitar a pesagem do botijão, que deve ficar atento se a quantidade mostrada na tara corresponde ao peso mostrado na balança. "Alguns desses clandestinos chegam a usar compressores e retiram gás e substituem por água para que chegue ao peso de 13 quilos", conta.
A reportagem do jornal Cruzeiro do Sul entrou em contato com alguns estabelecimentos clandestinos indicados por revendedores legalizados. Nesses locais a média de preço do botijão é de R$ 47 e nenhum dos três estabelecimentos contatados relataram conhecimento do aumento previsto para hoje.
"É muito importante que o consumidor final exija a nota fiscal. Dessa forma conseguirá driblar os clandestinos", afirma Ferreira.
O consumidor que se sentir lesado ou tiver alguma dúvida em relação à quantidade de gás contida no botijão, deve entrar em contato com a Ouvidoria do Ipem-SP pelo telefone (11) 0800 0130522.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
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