Maria de Lourdes está presa em Franco da Rocha. Foto: Reprodução do Facebook. |
A auxiliar de limpeza Maria de Lourdes Souza Marinho, 54 anos, acusada de, embriagada, causar um acidente que resultou na morte de Lorena Kamonseki, de apenas 9 meses de idade, e ferimentos graves em Juliana Lucas Flora e Igor Kamonseki, será submetida a julgamento pelo Júri Popular.
A decisão foi proferida na última quarta-feira (15) pelo juiz André Rodrigues Menk, do Foro de Salto de Pirapora-SP, que acolheu denúncia do Ministério Público que requereu a pronúncia de Maria de Lourdes pelos crimes de homicídio, com dolo eventual, com a agravante da vítima ser menor de 14 anos, e dupla lesão corporal gravíssima.
O acidente aconteceu no início da madrugada de 14 de fevereiro de 2016 (leia aqui e aqui) no quilômetro 129 da rodovia Francisco José Ayub (SP-264), no bairro Quintas de Pirapora, em Salto de Pirapora. Segundo a denúncia, embriagada, Maria de Lourdes Souza Marinho conduzia um veículo VW Santana, invadiu a pista contrária e bateu de frente contra o GM Celta que era conduzido por Juliana Lucas Flora, 25, que viajava em companhia dos filhos Igor, então com 3 anos de idade, e da bebê Lorena. Juliana e Igor ficaram gravemente feridos e foram socorridos ao hospital. Já Lorena não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local.
Durante audiência de instrução e julgamento, realizada em 15 de fevereiro, foram ouvidas a vítima, testemunhas, policiais e a acusada. Maria de Lourdes Souza Marinho negou tivesse ingerido bebida alcoólica. Afirmou que apenas se lembra de uma forte luz no momento do acidente. A sua defesa requereu a impronúncia e sua absolvição sumária, o que foi negado pelo juiz.
“A materialidade dos delitos resultou amplamente comprovados. Há elementos que indicam que a ré teria ingerido bebidas alcoólicas antes de dirigir o veículo e também que teria invadido a pista contrária, causando o acidente automobilístico”, disse o juiz André Rodrigues Menk ao pronunciar a ré.
A defesa de Maria de Lourdes Souza Marinho interpôs recurso contra a pronúncia, recurso que deverá ser apreciado pelo Tribunal de Justiça.
Enquanto isso, a ré não poderá apelar em liberdade, devendo continuar presa no Presídio de Franco da Rocha-SP, onde se encontra atualmente, até, pelo menos, o julgamento pelo Tribunal do Júri - que ainda não tem data marcada para ser realizado.
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