Professora premiada traz projeto de dança a escola de Salto de Pirapora

Projeto mescla dança contemporânea, teatro e expressão corporal.
Alunos que participam apresentam mais interesse na escola.

Professora Carmem Machado

Uma professora de Salto de Pirapora (SP) trabalha em sala de aula um projeto que está modificando a rotina de alunos das escolas estaduais da periferia da cidade. O projeto 'Sentiver - Inspiração, Conteúdo e Leveza' mescla dança contemporânea, teatro e expressão corporal com o objetivo de mexer com a sensibilidade dos estudantes. A iniciativa já rendeu dois prêmios nacionais à professora Carmem Machado, o que mostra que, com criatividade, é possível despertar o interesse e fazer a diferença em situações rotineiras.

O projeto, criado há 7 anos, ganha forma no camarim improvisado na sala de aula, onde as meninas viram bailarinas. "É o momento em que a gente pode incorporar nosso personagem e vamos dizer que assim a gente se transforma em dançarinos", comenta  a estudante Thaís Oliveira Silva.

O projeto inovador conquistou não só as meninas mas também os meninos. João Vitor também se encantou com a dança e se apronta rapidinho quando o assunto é vivenciar a criatividade que a aula pode proporcionar. E essa criatividade começa no espaço das aulas: a educação artística é realizada nos fundos da escola.

O espaço é todo preparado para receber os novos dançarinos. "Não é porque estou em um lugar que tem uma condição social que não seja favorável que eu não posso ter um ensino de qualidade. Então nesse espaço eu posso sim trabalhar. Com que recursos eu vou trabalhar? Não é fácil. Eu não vou falar que isso acontece da noite para o dia. Mas acho que nós, como professores, temos que ter esse pensamento político e pedagógico dentro da educação", comenta a professora  Carmem.

As aulas têm, além de passos ensaiados, despertado nos estudantes a sensibilidade e a determinação de fazer algo diferente e descobrir um mundo que antes nem imaginavam. "A gente aprende a ter leveza", fala a estudante Camila da Silva Laurentina.

Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí 

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