Páginas

domingo, 11 de janeiro de 2015

Comunidade Quilombo do Cafundó aguarda a posse das terras

Comunidade Quilombo do Cafundó - Foto: Adriano Vincler
Apesar de já ter o reconhecimento, a titulação da comunidade remanescente de quilombo Cafundó ainda não saiu. A titulação garante a propriedade das terras, o acesso às políticas públicas e demais direitos. Para concluir o processo de regularização, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está desapropriando os posseiros. "A gleba D já recebeu o contrato de concessão de uso", disse André Luís Gomes, que faz mestrado em Geografia na Universidade de São Paulo (USP) sobre o tema e tem visitado a comunidade constantemente em busca de informações. "A área da comunidade abrande quatro glebas - A, B, C e D -, e algumas delas incidem sobre áreas que eram consideradas particulares, devido à compra e venda irregular", explica o estudante. Ainda conforme André, a gleba C está em processo de concessão. "Depois vem a A e por último a B, que está com problema ainda. Só então é que eles podem conseguir o título definitivo", diz.
Cerimônia de reconhecimento e titulação das Terras - clique aqui!
Conforme Marcos Norberto de Almeida, líder da comunidade, no local moram 24 famílias, em torno de 100 pessoas, sendo 38 crianças e 12 adolescentes. "Agora com a posse da terra voltando para a comunidade, poderemos expandir a plantação. Já chegamos a passar fome e não abandonamos aqui por causa da resistência mesmo. Chegaram a parar de dar serviço para a gente nas redondezas para que passássemos fome e assim a gente saísse das terras", contou.

Notícia publicada na edição de 11/01/15 do Jornal Cruzeiro do Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postar um comentário

A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, não será publicado comentários que firam a lei e a ética.

Por ser muito antigo o quadro de comentário do blog, ele ainda apresenta a opção comentar anônimo, mas, com a mudança na legislação

....... NÃO SERÁ PUBLICADO COMENTÁRIO ANÔNIMO....