Páginas

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Ônibus da linha municipal deverá percorrer os bairros Jardim Teixeira, São Manoel e Distrito Industrial

Foto: Blog Clube do Ônibus / Divulgação Grupo São João
Tendo em vista a necessidade de aprimorar a oferta de transportes coletivos conforme a demanda da população de algumas regiões da cidade, a empresa responsável pelo transporte coletivo municipal de Salto de Pirapora, o Grupo São João, estipulou itinerários em caráter experimental de 3 novas linhas de ônibus para os bairros, Jardim Teixeira, São Manoel e Distrito Industrial. As alterações começam a valer já a partir da próxima semana, dia 07 de dezembro.

sábado, 28 de novembro de 2015

A derrota do povo de Salto de Pirapora! Orçamento impositivo não foi aprovado

Área central de Salto de Pirapora - Foto: Arquivo Blog Adriano Vincler
A Câmara de Salto de Pirapora não aprovou na terça-feira (24/11), o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que iria criar o orçamento impositivo.
No caso de Salto de Pirapora, o Orçamento impositivo não foi aprovado pelos vereadores que defendem o governo do prefeito Santelmo Xavier Sobrinho, ou seja, o prefeito vai executar do Orçamento anual de 2016 da maneira ao qual ele considera o mais importante para a cidade. (Conforme o vídeo o vereador autor do Projeto de Lei explica).
“Nós temos Emendas que foram aprovadas no ano de 2013 e que não chegaram a serem concluídas no ano de 2014, porque o dispositivo que Executivo tem é maior do que o nosso, ele (Prefeito) tem outras prioridades, quando ele fala isso, acabou, pois o vereador não tem outra (ferramenta) dispositivo legal dentro da Lei para fazer outra coisa. E esse Orçamento impositivo seria uma ferramenta a mais para o povo saber que será praticado o orçamento aprovado na Câmara Municipal com as Emendas aprovadas. Quem que vai ganhar! E quem que vai perder! Se for legislar para o povo, deve ser aprovado, e se for governar para meia dúzia tem que ser rejeitado (não aprovado)” afirma o vereador Donisete.
O vereador Donisete Antonio Correa Barbosa (PT) foi quem apresentou o Projeto de Emenda á Lei Orgânica Municipal 001/2015, juntamente com os vereadores, Alex Ferreira de Souza (PT) e Sergio Ventura-Siri do Gás (PT).

Os vereadores que votaram contra o Projeto de Emenda á Lei Orgânica Municipal 001/2015 (Orçamento impositivo) em 1º turno foram: Jurandir Matos de Almeida-Jurandir Enfermeiro (PMDB), José Luis Vieira-Lagartinho (PMDB), Messias Pinto (PMDB) e Izarildo Moreira Farrapo (PDT). (No vídeo o Presidente da Câmara Municipal Miguel Marcello Sobrinho (PSDB), explica o porquê não foi aprovado esse referido Projeto de Emenda á Lei Orgânica Municipal 001/2015 de acordo com os regimentos internos da Câmara Municipal de Salto de Pirapora).
Como foi reprovado em 1º turno a votação, portanto precisaria de 2/3 e não foi para votação em 2ª instância. E o projeto foi reprovado.

Veja como foi a votação
Alex Ferreira de Souza (PT) Sim
Donisete Antonio Correa Barbosa (PT) Sim
Izarildo Moreira Farrapo (PDT) Não
Kely Luciana Ortiz (PDT) Sim
Jurandir Matos de Almeida-Jurandir Enfermeiro (PMDB) Não
José Luis Vieira-Lagartinho (PMDB) Não
Messias Pinto (PMDB) Não
Sergio Ventura-Siri do Gás (PT) Sim

Clique aqui para ver a imagem ampliada!



Sobre o Orçamento impositivo
No mês de março, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 86, que torna impositiva a execução das emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento.
A obrigatoriedade do acatamento das emendas pelo Executivo atinge os municípios. É assim que pensa o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que lançou um comunicado oficial sobre a questão, deixando clara a novidade para as Câmaras Municipais.
O texto obriga o Poder Executivo a realizar as emendas parlamentares ao Orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida do ano anterior. A receita corrente líquida é tudo aquilo que o Poder Público recebe com impostos e outras receitas, descontadas contribuições previdenciárias, PIS, PASEP e duplicidades.
Além disso, metade desse percentual, 0,6%, deve ser empregado em ações e serviços de Saúde, exceto despesas com pessoal e encargos.
Se não for possível cumprir pela razão que a Constituição chama de impedimento de ordem técnica, o prefeito deve, até 120 dias após a publicação da Lei de Orçamento, comunicar a Câmara, que, por sua vez, tem 30 dias para indicar uma alternativa de destinação do dinheiro. A ordem técnica nada mais é do que a não efetivação da receita prevista, ou seja, menos dinheiro que o previsto.
__________________________________________________________________________
Em Sorocaba: 12/08/2015

Vereadores aprovam orçamento impositivo


A Câmara de Sorocaba aprovou na terça-feira (11/08), por unanimidade, projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que cria o orçamento impositivo. Na prática, a alteração à legislação, que não precisa passar pela sanção ou veto do prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), obriga a Prefeitura a executar as emendas incluídas pelos vereadores no orçamento municipal. Pelo projeto, de autoria do vereador Francisco França (PT) - a exemplo do que foi aprovado pelos deputados e senadores no âmbito da União -Câmara de Vereadores aprova a criação do orçamento impositivo, fica estabelecida em Sorocaba a execução obrigatória das emendas parlamentares ao orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) realizada no ano anterior. Com isso, cerca de R$ 26,3 milhões do orçamento municipal devem passar a ser destinados para o cumprimento de emendas apresentadas pelos 20 vereadores já para o orçamento do próximo ano.

Ladrões rendem condutor de veículo enquanto trafegava pela SP-264 entre Salto de Pirapora e Pilar do Sul


Quatro homens ocupando duas motocicletas: uma de cor branca e outra de cor verde roubaram um veículo que transitava pela rodovia Francisco José Ayub entre Salto de Pirapora e Pilar do Sul.

No início da noite de sexta-feira (27/11), o condutor (R.T) conduzia seu veículo Corsa de cor bege, com placa de Carapicuíba-SP EGO 5039, transitando pela rodovia Francisco José Ayub (SP-264), quando o  veículo chegou no km 122, no trevo de acesso ao Bairro da Barra, os criminosos interceptaram o veículo e obrigaram o condutor a dirigir até o Bairro Capão Redondo.

Naquele bairro, eles abandonaram o condutor e levaram R$ 200,00 , o celular e o carro. A polícia de Salto de Pirapora investiga o assalto.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Cafundó assina contrato que assegura posse de sua área em Salto de Pirapora


Cerca de 30 famílias pertencentes à comunidade quilombola do Cafundó, em Salto de Pirapora, na Região Metropolitana de Sorocaba, assinam hoje o Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) que lhes assegura a posse sobre as áreas que ocupam. 
  
O ato programado para as 15h na sede da Associação de Moradores local, contará com a presença do superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Wellington Diniz Monteiro e de representantes da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, que também anunciarão programas federais ao desenvolvimento de territórios quilombolas. 
  
O CCDRU é um documento de caráter provisório que resguarda os direitos dos interessados até o julgamento da ação em que se busca a titulação definitiva do território. Ele foi assinado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 19 em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, da qual participaram representantes da comunidade do Cafundó. 
  
A expedição deste contrato refere-se a duas glebas do Quilombo com áreas de 19,4 hectares (onde moram os quilombolas) e de 32,2 hectares. A terceira e maior das extensões de terra, com 122 hectares, foi desapropriada pelo Incra em 2012 e já está em posse da comunidade. 
  
O perímetro total do território, reconhecido por portaria de 2006, é de 218 hectares. Um dado que merece destaque é que toda a área está desinstrusada, ou seja, não há mais moradores não-quilombolas no Cafundó. O processo de regularização foi iniciado com o relatório técnico/antropológico produzido pela Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp) em 1999 e teve continuidade com a edição do Decreto 4887/2003 pelo Incra. 
  
A regularização dessas terras trará segurança jurídica e a perspectiva de desenvolvimento para a comunidade, após décadas de lutas pelo reconhecimento de seus direitos, em cumprimento ao que determina a Constituição, que garantiu às comunidades quilombolas a titulação de suas terras. 
  
O quilombo 
  
Localizado na região de Sorocaba e a apenas 125 km da capital do Estado, o Cafundó ainda possui falantes de uma língua própria, a cupópia, variante linguística do bantu, mais uma das marcas de sua origem quilombola. As terras originárias da comunidade foram sendo cercadas, ameaçadas pela especulação imobiliária, tomadas por pastagens e até mesmo por um porto de extração de areia. 
  
As 28 famílias da comunidade só conseguiram permanecer em suas terras por conta de uma ação de usucapião, movida por uma antiga liderança, Otávio Caetano, em 1972. Impedidos de exercer seus modos tradicionais de produção, os cafundoenses se viram relegados a precárias condições de vida e sujeitos à violência dos novos posseiros, situação que vem sendo revertida com as ações de regularização fundiária.


Saiba mais:

Comunidade Quilombo do Cafundó em Salto de Pirapora - Foto: Douglas Mansur / Incra

Motocicleta que foi roubada é recuperada pela GCM de Salto de Pirapora


À Guarda Civil de Salto de Pirapora e à Polícia Civil registraram um caso de furto de veículo inusitado. Um homem que reside à margem da rodovia Francisco José Ayub, próximo da empresa Arysta, em Salto de Pirapora vacilou e acabou perdendo sua motocicleta. 

Na terça-feira (24/11), o homem se dirigia para sua residência na motocicleta, ele desceu do veículo e deixou o motor funcionando, enquanto ele se dirigiu para abrir o portão da sua residência um indivíduo apareceu rapidamente montou na moto e levou a motocicleta. O homem correu atrás tentando recuperar o veículo, porém não conseguiu. 

No dia seguinte (25/11), populares viram uma motocicleta Bross de cor vermelha abandonada dentro do mato, no final da Rua das Laranjeiras, no Bairro Quintas de Pirapora, e acionaram à Guarda Civil Municipal. Os guardas realizaram pesquisa e souberam que o veículo havia sido furtado. 

Quando o proprietário da moto compareceu na Delegacia de Salto de Pirapora, ele viu o jovem João Paulo Camargo Viana de 19, que havia sido preso por tráfico no Bairro Campo Largo, o proprietário da moto reconheceu João Paulo como autor do furto da moto. A vitima relatou que quando João Paulo levou sua motocicleta ele (João Paulo) estava sem capacete, esse detalhe facilitou o reconhecimento. A moto já foi entregue, e João Paulo vai responder mais uma acusação.



Guardas "derrubam casa" de vendedor de droga em Salto de Pirapora

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Atenção: Arrecadação de doações para Mariana e Região de Minas Gerais dia 28/11


Salto de Pirapora mobilizada pela campanha de doações pelas famílias dos Municípios de Mariana e da Região em Minas Gerais.

O Rio Doce morreu e junto com ele as famílias estão morrendo. Centenas de pessoas perderam suas casas e junto com elas suas histórias e lutas do dia. 
Mas, nós podemos ajudar. Juntos somos mais, somos fortes. Não mude apenas sua foto no perfil para demonstrar apoio, mude de atitude.
Vamos mostrar que o Saltopiraporense também tem um bom coração e o mais importante, tem atitude! Gostaria de agradecer aos que já apoiam essa causa.
Por Tiago Aughusthos

Existe uma grande necessidade dos itens citados abaixo :

- Alimentos específicos para crianças
- Fraldas Geriátricas e Infantis P , M, G e GG
- Leite em pó e Caixinha Integral
- Açúcar
- Roupas infantis e de adultos
- Ração para gatos e cães
- Água potável
- Peças Íntimas em bom estado e limpas
- Produto de Higiene Pessoal
- Papel Higiênico
- Sabonete, shampoo e condicionador
- Absorvente
- Escova de dente e Pasta Dental
- Barbeador
- Chinelos e calçado
Uma das maiores necessidades e água potável mas estaremos aceitando doações de qualquer item citado na lista !

Produção agropecuária da região chega a R$ 1,7 bi; 26,8% maior que em 2014

Agricultura do bairro Jucurupava em Salto de Pirapora
Foto: Arquivo Blog Adriano Vincler

O valor da produção agropecuária prevista para este ano na região de Sorocaba chegará a R$ 1,748 bilhão, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA). O volume é 26,8% superior ao registrado no ano anterior, que fechou em R$ 1,378 bilhão. Com o resultado, Sorocaba deve passar de 17ª para 12ª maior produtora entre as 40 regiões pesquisadas de 2014 para 2015. O clima favorável e a alta do dólar são apontados como alguns dos fatores do crescimento. O levantamento foi feito IEA com base nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) do Estado de São Paulo. O EDR de Sorocaba abrange 19 municípios. Entre os cinco principais produtos da agropecuária na região de Sorocaba, três são hortaliças, o que coloca o conjunto de cidades produtoras como parte do cinturão verde da capital paulista, analisa o IEA. Dos produtos, em primeiro lugar está a cenoura, que representa 11,9% do total produzido. A estimativa é de que o valor produzido, neste caso, chegue a R$ 207 milhões. 

A alface vem em seguida, com um valor de produção agropecuária previsto superior a R$ 170 milhões. O terceiro produto mais representativo é a carne bovina, cuja produção deve chegar a R$ 158 milhões. Encerra a lista a beterraba, com previsão de R$ 152 milhões, e a carne de frango, estimada em R$ 131 milhões. Demais produtos somados atingem R$ 929 milhões, representando 53,2% do total. 

Os dados da região de Sorocaba são baseados em informações das casas de agricultura de 19 municípios que compõem o EDR. Os preços médios recebidos pelos produtores são valores médios correntes de janeiro a dezembro de 2014 (para o cálculo do valor do ano de 2014) e de janeiro a agosto de 2015 (para a prévia de 2015). As cidades da região de Sorocaba são Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Cabreúva, Capela do Alto, Ibiúna, Iperó, Itu, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba, Tapiraí e Votorantim.



Agricultura do bairro Jucurupava em Salto de Pirapora
Foto: Arquivo Blog Adriano Vincler

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Vídeo: A história da privatização da Vale do Rio Doce











Geraldo Alckmin, José Serra, FHC-Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves: A privatização da Companhia Vale do Rio Doce aconteceu no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1997.


05/05/2002

Saiba os bastidores da privatização da Vale do Rio Doce




Veja como aconteceu a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em 1997:

Privatização

A CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) foi privatizada em 6 de maio de 1997. O consórcio Brasil, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional, de Benjamin Steinbruch, adquiriu o controle acionário da Vale por R$ 3.338.178.240.

A surpresa

O resultado do leilão causou surpresa. O consórcio favorito era o Valecom, liderado pelo Grupo Votorantim, de Antônio Ermírio de Moraes, que contava com a participação da Anglo American, do Centrus (fundo de pensão do BC), do Sistel (fundo de pensão da Telebrás), da Caemi-Mitsui e da Japão-Brasil Participação (formado por 12 corporações).

Intervenção

Para fazer frente ao Valecom, o governo FHC interveio no processo, impedindo que os demais fundos de pensão de estatais aderissem ao consórcio de Antônio Ermírio e optassem pelo consórcio de Steinbruch, que ficou assim:

CSN, Previ (fundo de pensão do BB), Petros (fundo de pensão da Petrobrás), Funcef (fundo de pensão da CEF), Funcesp (fundo de pensão dos empregados da Cesp), Opportunity e Nations Bank (fundo).

Opportunity

O Banco Opportunity, o mesmo que Ricardo Sérgio favoreceu em 1998 no leilão do Sistema Telebrás, criou o Sweet River Fund (Fundo Rio Doce) para atrair cotistas no exterior.

Ermírio chegou a se reunir com FHC para reclamar da concentração de fundos no Consórcio Brasil e pediu uma participação mais equilibrada. Apesar disso, o Consórcio Brasil acabou ficando com a maioria dos fundos.

A privatização veja como ocorreu


Leia também:













Justiça reconhece fraude na privatização da Companhia Vale do Rio Doce



Foto: Reprodução
Dez anos depois de ações populares terem sido abertas para questionar o processo, privatização da maior exportadora e produtora de ferro do mundo pode ser revertida; decisão judicial possibilita reabertura de processo contra a venda da Vale
OBS: este texto foi publicado inapropriadamente como sendo recente. Várias outras páginas também o republicaram, mas, na verdade, ele foi escrito em 2006. Agradecemos a autora do texto pela devida correção e a alguns de nossos leitores que também nos alertaram.
18/09/2006

Maíra Kubík Mano
da AEPET

Se você tivesse um cacho de bananas que valesse R$9,00, você o colocaria à venda por R$0,30? Óbvio que não. Mas foi isso que o governo federal fez na venda de 41% das ações da Companhia Vale do Rio Doce para investidores do setor privado, em 1997. Eles pagaram R$3,3 bilhões por uma empresa que vale perto de R$100 bilhões. Quase dez anos depois, a privatização da maior exportadora e produtora de ferro do mundo pode ser revertida.
Em 16 de dezembro do ano passado [2005], a juíza Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília, anulou a decisão judicial anterior e reabriu o caso, possibilitando a revisão do processo. “A verdade histórica é que as privatizações ocorreram, em regra, a preços baixos e os compradores foram financiados com dinheiro público”, afirma Selene. Sua posição foi referendada pelos juízes Vallisney de Souza Oliveira e Marcelo Albernaz, que compõem com ela a 5ª turma do TRF.
Entre os réus estão a União, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Eles são acusados de subvalorizar a companhia na época de sua venda. Segundo as denúncias, em maio de 1995 a Vale informou à Securities and Exchange Comission, entidade que fiscaliza o mercado acionário dos Estados Unidos, que suas reversas de minério de ferro em Minas Gerais eram de 7.918 bilhões de toneladas. No edital de privatização, apenas dois anos depois, a companhia disse ter somente 1,4 bilhão de toneladas. O mesmo ocorre com as minas de ferro no Pará, que em 1995 somavam 4,97 bilhões de toneladas e foram apresentadas no edital como sendo apenas 1,8 bilhão de toneladas.
Outro ponto polêmico é o envolvimento da corretora Merrill Lynch, contratada para avaliar o patrimônio da empresa e calcular o preço de venda. Acusada de repassar informações estratégicas aos compradores meses antes do leilão, ela também participou indiretamente da concorrência por meio do grupo Anglo American. De acordo com o TRF, isso comprometeu a imparcialidade da venda.
A mesma Merrill Lynch, na privatização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) da Argentina, reduziu as reservas declaradas de petróleo de 2,2 bilhões de barris para 1,7 bilhão.

Nova perícia
Depois da venda da Vale, muitas ações populares foram abertas para questionar o processo. Reunidas em Belém do Pará, local onde a empresa está situada, as ações foram julgadas por Francisco de Assis Castro Júnior em 2002. “O juiz extinguiu todas as ações sem apreciação do mérito. Sem olhar para tudo aquilo que nós tínhamos dito e alegado. Disse que o fato já estava consumado e que agora analisar todos aqueles argumentos poderiam significar um prejuízo à nação”, afirma a deputada federal doutora Clair da Flora Martins (PT/PR).
O Ministério Público entrou com um recurso junto ao TRF de Brasília, que foi julgado no ano passado. A sentença determinou a realização de uma perícia para reavaliar a venda da Vale. No próximo passo do processo, as ações voltam para o Pará e serão novamente julgadas. Novas provas poderão ser apresentadas e os réus terão que se defender.
Para dar visibilidade à decisão judicial, será criada na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Público. A primeira ação é mobilizar a sociedade para discutir a privatização da Vale. “Já temos comitês populares em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso”, relata a deputada, uma das articuladoras da frente.
“Precisamos construir um processo de compreensão em cima da anulação da venda da Vale, conhecer os marcos gerais dessas ideias a partir do que se tem, que é uma ação judicial, e compreendê-la dentro de um aspecto mais geral, que é o tema da soberania nacional”, acredita Charles Trocate, integrante da direção nacional do MST. Ele participa do Comitê Popular do Pará, região que tem forte presença da Vale.
Entre os marcos da privatização, que serão estudados e debatidos nos próximos meses nos comitês, está o Plano Nacional de Desestatização, de julho de 1995. A venda do patrimônio da Vale fez parte de uma estratégia econômica para diminuir o déficit público e ampliar o investimento em saúde, educação e outras áreas sociais. Cerca de 70% do patrimônio estatal foi comercializado por R$60 milhões, segundo o governo. “Vendendo a Vale, nosso povo vai ser mais feliz, vai haver mais comida no prato do trabalhador”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1996. A dívida interna, entretanto, não diminuiu: entre 1995 e 2002 ela cresceu de R$108 bilhões para R$654 bilhões.
Na época, a União declarou que a companhia não custava um centavo ao Tesouro Nacional, mas também não rendia nada. “A empresa é medíocre no contexto internacional. É uma péssima aplicação financeira. Sua privatização é um teste de firmeza e determinação do governo na modernização do Estado”, afirmou o deputado Roberto Campos (PPB/SP) em 1997. No entanto, segundo os dados do processo, o governo investiu R$2,71 bilhões durante toda a história da Vale e retirou R$3,8 bilhões, o que comprova o lucro.
“O governo que concordou com essa iniciativa não tinha compromisso com os interesses nacionais”, diz a deputada doutora Clair.

Poder de Estado
A Vale se tornou uma poderosa força privada. Hoje ela é a companhia que mais contribui para o superávit da balança comercial brasileira, com 54 empresas próprias nas áreas de indústria, transporte e agricultura.
“Aqui na região de Eldorado dos Carajás (PA), a Vale sequestra todo mundo: governos municipais e governo estadual. Como o seu Produto Interno Bruto é quatro vezes o PIB do estado Pará, ela se tornou o estado econômico que colonizou o estado da política. Tudo está em função de seus interesses”, coloca Charles Trocate.
Trocate vivência diariamente as atividades da empresa no Pará e a acusa de gerar bolsões de pobreza, causados pelo desemprego em massa, desrespeitar o meio ambiente e expulsar sem-terra e indígenas de suas áreas originais.
“Antes da privatização, a Vale já construía suas contradições. Nós temos clareza de que a luta agora é muito mais ampla. Nesse processo de reestatização, vamos tentar deixar mais claro quais são as mudanças que a empresa precisa fazer para ter uma convivência mais sadia com a sociedade na região”, diz Trocate. De acordo com um levantamento do Instituto Ipsos Public Affairs, realizado em junho de 2006, a perspectiva é boa: mais de 60% dos brasileiros defendem a nacionalização dos recursos naturais e 74% querem o controle das multinacionais.

Patrimônio da Vale em 1996
● maior produtora de alumínio e ouro da América Latina
● maior frota de navios graneleiros do mundo
● 1.800 quilômetros de ferrovias brasileiras
● 41 bilhões de toneladas de minério de ferro
● 994 milhões de toneladas de minério de cobre
● 678 milhões de toneladas de bauxita
● 67 milhões de toneladas de caulim
● 72 milhões de toneladas de manganês
● 70 milhões de toneladas de níquel
● 122 milhões de toneladas de potássio
● 9 milhões de toneladas de zinco
● 1,8 milhão de toneladas de urânio
● 1 milhão de toneladas de titânio
● 510 mil toneladas de tungstênio
● 60 mil toneladas de nióbio
● 563 toneladas de ouro
● 580 mil hectares de florestas replantadas, com matéria-prima para a produção de 400 mil toneladas/ano de celulose
Fonte: Revista Dossiê Atenção – “Porque a venda da Vale é um mau negócio para o país”, fls. 282/292, da Ação Popular nº 1997.39.00.011542-7/PA.

Quanto vale hoje
● 33 mil empregados próprios
● participação de 11% do mercado transoceânico de manganês e ferro-liga
● suas reservas de minério de ferro são suficientes para manter os níveis atuais de produção pelos próximos 30 anos
● possui 11% das reservas mundiais estimadas de bauxita
● é o mais importante investidor do setor de logística no Brasil, sendo responsável por 16% da movimentação de cargas do Brasil, 65% da movimentação portuária de granéis sólidos e cerca de 39% da movimentação do comércio exterior nacional
● possui a maior malha ferroviária do país
● maior consumidora de energia elétrica do país
● possui atividades na América, Europa, África, Ásia e Oceania
● concessões, por tempo ilimitado, para realizar pesquisas e explorar o subsolo em 23 milhões de hectares do território brasileiro (área correspondente aos territórios dos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte)
Fonte: 5ª Turma do TRF da 1ª Região

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Moradores reclamam de buracos nas ruas de Salto de Pirapora

Uma representação no Ministério Público de Salto de Pirapora, trouxe uma solução para as reclamações dos moradores da cidade referente aos buracos nas ruas que foram abertos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para manutenção na rede de água e esgoto de bairros da cidade. Muitos dos buracos e valetas já faziam 30 dias que estavam nos locais, causando poeira ou lama nos dias de chuva e tiravam a paz dos moradores e condutores de veículos. 

Veja o vídeo da reportagem da TV Tem clicando no link abaixo:
Veja o vídeo da reportagem - Clique aqui!
Veja todas as fotos - Clique aqui!




Veja o vídeo da reportagem - Clique aqui!




Veja todas as fotos - Clique aqui!

MP investiga ações contra a doença em Salto de Pirapora

Salto de Pirapora - Foto: Blog Adriano Vincler

O aumento do número de casos de dengue nos últimos quatro meses, que chegou a 26 confirmações de julho a outubro deste, levou o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP) a instalar um inquérito civil, que vai apurar e acompanhar quais providências estão sendo tomadas pela Prefeitura de Salto de Pirapora para conter o avanço e prevenir a ocorrência de surto ou epidemia da doença no município. A investigação aberta pelo promotor de Salto de Pirapora, Luiz Fernando Guinsberg Pinto, levou em consideração o aumento de mais 8 vezes no número de casos. Foram três episódios de julho a novembro do ano passado. 
Foto: Reprodução do G1/Jornal Nacional
Na portaria de abertura do inquérito civil o promotor diz que a situação evidenciou a possibilidade da população ser afetada por uma nova epidemia de dengue neste ano, caso as providências não sejam tomadas adequadamente pela Secretaria da Saúde. Guinsberg citou ainda, no documento, que o mosquito transmissor da dengue também é responsável pela febre chikungunya e a febre zika. Dos 26 casos deste ano, nove foram confirmados em setembro e 17 em outubro. Já os três do ano passado, um caso foi registrado em julho, um em setembro e um em novembro.