Salto de Pirapora Notícias

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domingo, 10 de junho de 2012

Lula abortou a mais audaz e ambiciosa conspiração política do Brasil

Lula abortou golpe de Demóstenes contra governo Dilma
Segundo o veículo de comunicação goiano DM, Lula teria abortado um golpe, cuidadosamente articulado pelo senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Embora o artigo não apresente provas do envolvimento do ex-presidente com a questão, vale a pena lê-lo para conhecer mais dos objetivos do ambicioso senador. Segue abaixo a íntegra do texto. Lula aborta o golpe

Cai a mais audaz e ambiciosa conspiração política do Brasil
Nos bastidores da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) e o empresário de jogos de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, gestavam uma estratégia que passou ao largo das investigações: pavimentar a candidatura do parlamentar para o Palácio do Planalto em 2014.

A meta de Demóstenes e Cachoeira era construir uma teia de relações políticas e uma estrutura financeira que viabilizassem a candidatura à sucessão da presidenta Dilma Rousseff. Segundo políticos e interlocutores do senador, o projeto foi a senha para o desencadeamento da operação policial e a entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas articulações, com vistas a abortar a estratégia.

Como se viu, a articulação política de Demóstenes e Cachoeira foi marcada por tentativas como, por exemplo, a discussão sobre a troca de partidos, daí as conversas sobre a saída do senador no DEM e o ingresso no PMDB. Na prática, o próprio movimento para a entrada do ex-democrata no ninho peemedebista e, portanto, na base aliada da presidenta Dilma, naufragou quando o PT e o Planalto perceberam a relação de Demóstenes com o contraventor.

O escorregão inesperado no caminho para a rampa do Planalto

A estratégia do senador e Cachoeira, segundo esses mesmos políticos e interlocutores, fica clara em trechos das gravações em que, a despeito de exaltarem suposta proximidade com o governo de Goiás, eles criticam o governador Marconi Perillo e reclamam de planos frustrados para a administração estadual.

“O maior sonho do Demóstenes sempre foi pavimentar a candidatura nacional e subir a rampa do Planalto, por isso ele foi tão longe na defesa da bandeira da ética e encampou tantas propostas polêmicas na área de segurança pública e peitou caciques como (José) Sarney (PMDB-AP) e Renan (Calheiros, PMDB-AL)”, diz um amigo do senador.

O senador goiano foi longe em seu intento. Reeleito senador pelo Estado, o nome de Demóstenes entrou novamente, e com mais força, na bolsa de cotações para uma eventual candidatura de vice na chapa do PSDB ao Planalto. Nos momentos de estremecimento entre tucanos e democratas, o nome do senador goiano era citado até mesmo como alternativa para uma candidatura própria. Daí a profunda mágoa e a rápida reação dos líderes democratas em expulsá-lo do partido quando as denúncias contra ele e Cachoeira vieram à tona.

A princípio, a percepção era de que Demóstenes visava uma candidatura ao governo de Goiás em 2014, apresentando-se como uma alternativa ao PMDB e ao PSDB goianos. Mas o projeto, segundo interlocutores, sempre foi a Presidência da República.

“Demóstenes dizia que, para garantir a candidatura à presidência, ele precisava marcar o debate nacional com um discurso mais elaborado e convincente do que dos seus opositores. Ele encontrou no debate sobre a ética na política a ponte perfeita para encurtar esse caminho até o Planalto”, diz outra fonte, que também preferiu não se identificar. Aliás, segundo esse interlocutor, o projeto de Demóstenes para o Planalto nunca levou a aliança com o PSDB goiano em consideração. Era uma carreira solo entre Demóstenes e Cachoeira.

Na esteira do debate político estava ético, o lastro financeiro era Cachoeira e sua rede de contatos no Estado e no cenário nacional. O empresário de jogos de azar foi o primeiro, segundo interlocutores do senador, a abraçar a proposta e se apresentar como colaborador na área financeira.

“O Cachoeira ficava imaginando os negócios que poderia fechar se tivesse nas mãos a fatura de uma corrida vitoriosa para a Presidência da República”, diz outro interlocutor.

“Nascia ali um PC Farias com muito mais bala na agulha”, comenta a fonte, em referência ao pivô da crise política que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.

O cenário favorável no figurino do paladino e no armário da corrupção

O cenário para a consagração de Demóstenes era perfeito. O político surgiu para o Brasil nas asas de uma carreira incontestável no Ministério Público, de onde foi catapultado para a Secretaria de Segurança Pública. Aí, o xerifão mais uma vez ganhou as manchetes da imprensa com a atuação para desvendar o sequestro de Welington Camargo, irmão da dupla sertaneja Zezé e Luciano. A fama de durão e incorruptível pavimentou o caminho para duas eleições consagradoras para o Senado.

Com o discurso de paladino da moralidade na ponta da língua na tribuna do Senado, temperado com frases espirituosas e inteligentes, Demóstenes logo virou o queridinho da imprensa nacional. Não custou muito para ganhar as páginas da Veja como o mosqueteiro da ética. Pilotando este marketing de Catão, surfou fácil nas ondas da maré anticorrupção que inunda o País.

Não poderia ser um nome melhor para enfrentar o petismo atolado até a garganta com denúncias de corrupção, entre elas o mensalão e a demissão de oito ministros do governo Dilma. Demóstenes, sem dúvida, despontava como o Dom Quixote brasileiro que lutava contra os moinhos verdadeiros da corrupção nacional, tendo como fiel escudeiro o empresário Carlinhos Cachoeira.

Isso deixou Lula angustiado, pois certamente colocaria fim ao domínio petista no País, que se aproxima de 16 anos e caminha tranquilo para uma hegemonia de 20 anos. O senador goiano poderia ser o homem que dispararia o tiro de misericórdia no lulismo. Lula, porém, teve a competência de enxergar a ameaça e abrir fogo contra o inimigo, agora desmascarado em todo o Brasil, depois de reveladas as estrepolias demostenianas.

A operação era ousada, mas se comprova pela rede montada pela dupla em todo o Brasil que se estendia em todo o tecido dos três poderes. Para isso, não titubearam em mexer e usar todas as peças do tabuleiro, incluindo gente do Executivo, Judiciário e do Legislativo, em todas as esferas.

Tanto é que quando o escândalo explodiu, o Senado solidarizou-se de imediato com Demóstenes. Mas, em seguida, o DEM o expulsou e agora até mesmo o PMDB de Iris Rezende, acostumado a abrigar em suas fileiras políticos com vasto currículo de malfeitos, o rejeitou.

Tudo foi pelos ares, porém, pela astúcia do ex-presidente Lula, que, mesmo abatido pelo câncer, não perdeu o faro e a visão que o tornaram o maior político do Brasil.

E o cenário dos Moinhos de Ventos de La Mancha (da corrupção) terminou com dois Sancho Pança, personificados em Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira como as tristes figuras do épico de Cervantes.

Fonte: DM.com.br/Portal Vermelho

O julgamento do “mensalão”

Os ministros do STF marcam data para inicio do julgamento do "Mensalão"
O “mensalão” foi uma ferramenta para sangrar o mandato do presidente Lula em 2005 e 2006; agora, com a oposição em dificuldades, aparece como um soro para reanimar a direita e os conservadores.

Há um dito futebolístico segundo o qual time que está mal no jogo comemora até escanteio. A reação da mídia conservadora ante a perspectiva do início do julgamento do chamado “mensalão” enquadra-se nesse figurino: um notório serviçal dos barões da mídia comemorou, na manhã desta quarta feira, não o eventual resultado daquele julgamento - que confessa não imaginar qual será - mas a marcação da data do julgamento! É uma derrota para Lula e José Dirceu, disse o blogueiro da revista Veja Reinaldo Azevedo num comentário publicado nesta quinta-feira.

Dia 6 o Supremo Tribunal Federal definiu a data para o inicio do julgamento do processo: 1º de agosto. Isso foi possível depois de ter sido definido o rito do julgamento e depois da garantia do ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, de que entregará seu voto em junho.

A primeira etapa do julgamento terá sessões nos dias úteis, até 14 de agosto (com exceção do dia 3 de agosto), nas quais serão apresentados o relatório que resume o caso e as alegações do Ministério Público e dos advogados de defesa dos 38 acusados. A segunda fase terá os votos dos ministros; as sessões ocorrerão apenas nas segundas, quartas e quintas, começando às 14 horas mas sem previsão do horário de encerramento pois seguirão o ritmo do voto de cada ministro. Embora não haja previsão de data para o final do julgamento, muitos acreditam que ele irá até o final de setembro.

O assanhamento da imprensa conservadora e da oposição de direita e neoliberal centrada no PSDB é compreensível. No momento em que o PSDB está sangrando, como reconheceu um importante cacique tucano, o senador paranaense Álvaro Dias, um “escanteio” vem mesmo bem a calhar. Ele abre a perspectiva de um espetáculo midiático para, esperam os tucanos e a oposição conservadora, ajudar a afastar o foco que recai sobre as graves acusações que envolvem destacados políticos de seu campo numa CPI, a do Cachoeira, que pode - ela sim - desvendar e punir vínculos entre criminosos, a mídia conservadora, e dirigentes e mandatários políticos do campo conservador.

O julgamento do chamado “mensalão”, esta farsa montada pelo conluio entre políticos da direita e a imprensa conservadora, poderá dominar a pauta midiática nos próximos meses. O “mensalão” foi, em sua origem, instrumento da “tática do cangaceiro” com que o PSDB e seus comparsas quiseram sangrar até a morte o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Não deu certo. Não provocou - nem podia - o clamor popular que a direita imaginava, como sempre, poder repetir naquele episódio a atuação moralista hipócrita que havia marcado outros momentos da República, como o “mar de lama” que levou ao suicídio de Getúlio Vargas em 1954, ou a campanha contra as reformas de base de João Goulart, que levou ao golpe de estado de 1964.

O “mensalão” foi uma ferramenta política contra Lula, os partidos que apoiam seu projeto de mudança, e contra as transformações que o Brasil começava a viver. O apelido publicitário surgiu exatamente há sete anos, quando - em 6 de junho de 2005 - Roberto Jefferson, que era deputado do PTB, cunhou, em entrevista à Folha de S. Paulo, a expressão “mensalão” e acusou o governo Lula de desviar dinheiro público para o pagamento mensal de parlamentares que se alinhassem à base do governo.

A alegação ganhou força embora nunca tenha sido provada ou demonstrada a existência dos tais pagamentos mensais.

O que foi demonstrado e provado judicialmente atinge exatamente o campo direitista e neoliberal. Na véspera do anúncio do STF, do início do julgamento do chamado “mensalão”, a Justiça de Brasília proferiu a sentença que condenou (dia 5) a ex-deputada distrital Eurides Brito (PMDB) por improbidade administrativa e a devolver cerca de R$ 3,5 milhões desviados dos cofres públicos. Ela foi denunciada pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investigou o pagamento de propina a deputados aliados ao então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), no escândalo conhecido como mensalão do DEM. Ela foi condenada por ter recebido, entre 2006 e 2009, 31 parcelas mensais de 20 mil reais para apoiar o então governador tucano, uma mesada. A ex-deputada teve também seus direitos políticos cassados por dez anos.

Outro golpe severo contra a oposição de direita foi a condenação (dia 5), também às vésperas do anúncio pelo STF do início do julgamento do “mensalão”, do ex-prefeito do Rio de Janeiro, o destacado cacique do DEM César Maia, juntamente com ex-diretores Empresa Municipal de Urbanização (Rio Urbe). Todos por improbidade administrativa. Tiveram seus direitos políticos suspensos por cinco anos e foram condenados a devolver o dinheiro empregado ilicitamente.

A mídia conservadora e a direita neoliberal vão fazer de tudo para transformar o “escanteio” em gol nos meses que antecedem a eleição para prefeitos e vereadores. O “mensalão” serve agora não para sangrar um presidente como tentaram fazer com Lula em 2005 e 2006; serve de soro para um doente combalido que enfrenta o voto popular em condições difíceis.

José Carlos Ruy - No Vermelho


GloboNews edita entrevista de Gilmar Mendes e esconde declaração principal


Assista aos vídeos abaixo.

Repare que a frase pronunciada por Gilmar Mendes no primeiro vídeo, foi cortada na edição do segundo.


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