Comunidade Quilombo do Cafundó - Foto: Adriano Vincler |
Apesar de já ter o reconhecimento, a titulação da comunidade remanescente de quilombo Cafundó ainda não saiu. A titulação garante a propriedade das terras, o acesso às políticas públicas e demais direitos. Para concluir o processo de regularização, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está desapropriando os posseiros. "A gleba D já recebeu o contrato de concessão de uso", disse André Luís Gomes, que faz mestrado em Geografia na Universidade de São Paulo (USP) sobre o tema e tem visitado a comunidade constantemente em busca de informações. "A área da comunidade abrande quatro glebas - A, B, C e D -, e algumas delas incidem sobre áreas que eram consideradas particulares, devido à compra e venda irregular", explica o estudante. Ainda conforme André, a gleba C está em processo de concessão. "Depois vem a A e por último a B, que está com problema ainda. Só então é que eles podem conseguir o título definitivo", diz.
Cerimônia de reconhecimento e titulação das Terras - clique aqui! |
Conforme Marcos Norberto de Almeida, líder da comunidade, no local moram 24 famílias, em torno de 100 pessoas, sendo 38 crianças e 12 adolescentes. "Agora com a posse da terra voltando para a comunidade, poderemos expandir a plantação. Já chegamos a passar fome e não abandonamos aqui por causa da resistência mesmo. Chegaram a parar de dar serviço para a gente nas redondezas para que passássemos fome e assim a gente saísse das terras", contou.
Notícia publicada na edição de 11/01/15 do Jornal Cruzeiro do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário