Salto de Pirapora Notícias

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domingo, 15 de março de 2015

Professores da rede estadual iniciam greve a partir desta segunda-feira

Paralisação foi aprovada em assembleia realizada na sexta-feira, na Capital
Magda Souza coordena a mobilização dos professores em Sorocaba e região - FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (2/2/2015)
Professores da rede pública estadual de São Paulo prometem iniciar nesta segunda-feira greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada pela categoria na última sexta-feira, na Capital, em assembleia realizada na avenida Paulista. A subsede local da Apeoesp, cuja base é formada por 20 mil professores de Sorocaba e outras sete cidades, informa que a partir desta segunda-feira realizará visitas nas escolas para pedir a adesão dos professores à paralisação. 

De acordo com Magda Souza, coordenadora da subsede Sorocaba da Apeoesp, na quinta-feira os professores vão realizar panfletagem e passeata pelas ruas da região central de Sorocaba. Neste dia também está prevista uma assembleia local, para avaliar os rumos do movimento. Além de Sorocaba, a subsede local da Apeoesp representa os professores da rede estadual de ensino lotados em Votorantim, Salto de Pirapora, Araçoiaba da Serra, Pilar do Sul, Tapiraí, Piedade e Iperó. 

Reivindicações 

Entre as principais reivindicações da categoria estão aumento de 75,33%, para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior; e implantação da Lei Nacional do Piso, que prevê que um terço da jornada seja cumprido fora da sala de aula. A data-base da categoria venceu no dia 1º de março, mas segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), as negociações com o governo estadual estão emperradas. 

O sindicato da categoria também reclama do fechamento de salas de aula e a consequente superlotação. De acordo com a Apeoesp, 2.500 salas de aula de todo o estado de São Paulo foram fechadas no final de 2014. Segundo Magda, em Sorocaba 102 foram fechadas no final do ano passado. "O governo tenta justificar dizendo que houve redução da demanda, mas estatísticas do IBGE apontam que a população de Sorocaba cresceu 4.55% nesse período", argumenta. 

Outro item da pauta de reivindicações dos professores é o fim do chamado regime de "duzentena" para docentes da categoria O. Conforme regra criada pelo governo estadual, os professores aprovados em processo seletivo desde 2009 devem ficar afastados das atividades por 200 dias, após terem trabalhado por igual período. 

Secretaria de Estado 

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado comenta que, "apesar de considerar legítimo o direito à manifestação, tem compromisso com a qualidade do ensino. Por isso, orienta que todos os estudantes da rede estadual compareçam normalmente às escolas na segunda-feira". A pasta acredita que a decisão pela greve, liderada pela Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede, "que devem comparecer às aulas, de maneira costumeira". 

A Secretaria também afirma que orientou suas Diretorias de Ensino a realizar o atendimento dos estudantes e garantir as aulas. Sobre o reajuste salarial, a nota informa que foi em conjunto com os servidores que a Secretaria materializou um plano de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional. "Os profissionais da educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos. Se a educação avança, educadores ganham bonificação", conclui a nota. 

A Secretaria de Educação informou ainda que a exigência do intervalo contratual para temporários é prevista em lei e recentemente este período foi reduzido de 200 para 40 dias. Sobre o suposto fechamento de salas de aula na região de Sorocaba, a Secretaria de Educação não se manifestou. 

Assembleia 

Com participação de 15 mil professores, a assembleia da categoria ocorreu na sexta-feira passada no vão livre do Masp. Os professores saíram da avenida Paulista e foram para a Secretaria de Educação do Estado, na praça da República, onde protocolaram o aviso de greve. Após o ato, uma parcela dos professores integrou a manifestação de centrais sindicais e movimentos sociais realizada Paulista, em defesa da manutenção de direitos sociais, da Petrobras, pela reforma política e por democracia.


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ALCKMIN SOBRE GREVE DOS PROFESSORES: "TODO ANO É ESSA NOVELA"


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou neste sábado (14) que não haverá greve dos professores da rede estadual; o sindicato da categoria (Apeoesp) decidiu pela paralisação após assembleia realizada ontem; "Entendo que não vai haver greve, quero dizer que todos os alunos compareçam [às aulas], que os pais não deixem de mandar seus filhos. Todo ano é essa novela da Apeoesp, ela tenta fazer greve, mas não tem legitimidade", afirmou

247 - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou neste sábado (14) que não haverá greve dos professores da rede estadual. O sindicato da categoria (Apeoesp) decidiu pela paralisação após assembleia realizada ontem.
"Entendo que não vai haver greve, quero dizer que todos os alunos compareçam [às aulas], que os pais não deixem de mandar seus filhos. Todo ano é essa novela da Apeoesp, ela tenta fazer greve, mas não tem legitimidade", afirmou.
Alckmin reforçou o discurso da Secretaria de Estado da Educação ao comparar o reajuste da categoria com a inflação nos últimos anos. "No meu mandato, nos últimos quatro anos, demos 45% de reajuste. Não houve perda de inflação no período, e ainda houve ganho real. O piso de São Paulo é 26% maior do que o piso nacional", disse.
A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior.
Fonte: BRASIL 247

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