Funcionários do setor de combate à dengue foram transferidos - Por: Aldo V. Silva |
A equipe de combate à dengue foi destituída porque a Justiça decidiu provisoriamente (por liminar) que a Prefeitura deixe de manter funcionários em funções incompatíveis. No inquérito civil oferecido à Justiça pelo promotor Luiz Fernando Guinsbert Pinto há fotos de um chefe de Divisão de Turismo pintando faixas nas ruas manualmente; do chefe de Divisão de Cultura e Lazer exercendo funções de pedreiro e do chefe da Divisão Administrativa da Secretaria de Negócios Jurídicos, acompanhando as obras.
O diretor municipal da Administração, Jorge dos Reis Cunha Neto, citou como alternativa a realização de um concurso público para efetivar novas contratações até o mês de abril e também a possibilidade do setor jurídico da Prefeitura tentar obter autorização para reconduzir os mesmos profissionais aos cargos até que os futuros contratados recebam a qualificação para atuar no serviço, o que segundo ele, exige cerca de 30 dias de treinamento. Durante esse período não descarta a contratação emergencial (sem concorrência pública) de uma empresa especializada.
A servidora Elzi Murats Gonçalves, 37 anos, atuava no combate à dengue desde que foi contratada há quatro anos para a função de serviços gerais. Agora ela assumirá o cargo para o qual prestou concurso público, na Divisão de Saúde de Família, da Secretaria Municipal da Saúde. "Gostaria de permanecer no combate à dengue. Estamos no verão; e se der um surto?", questionou. Outro que deixou a equipe, Edson Trilha, lamentou que não houve qualquer comunicação à Sucen sobre o combate à dengue. Outro, que preferiu não se identificar, estava deixando a equipe para executar serviços de manutenção em praças.
Em Ana Guilherme, um dos bairros haveria nebulização na segunda-feira, moradores ficaram inseguros ao saber do adiamento. A bibliotecária Ana Cláudia Ferraz Rodrigues, 43 anos, opinou que essas transferências de funcionários precisam acabar, pois preocupa-se principalmente com a saúde do filho de cinco anos de idade. O comerciante Mário Luís dos Santos, 42 anos, passa o dia no bairro Ana Guilherme com toda a família, inclusive uma criança e um adolescente. "Justamente agora, com essas chuvas?", questionando o adiamento da nebulização. Em 2011 houve um caso importado da doença na cidade.
Notícia publicada na edição de 28/01/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul
Leandro Nogueira
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br
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