O DER informa que os dispositivos de acesso, como rotatórias, serão remodelados e padronizados, para oferecer mais segurança aos motoristas
 |
Usuários questionam a instalação de guias e eliminação de acostamentos
|
Quase metade da rodovia que liga Sorocaba a Salto de Pirapora vai perder o acostamento com a duplicação. Dos 17,4 quilômetros em duplicação da rodovia João Leme dos Santos (SP-264), em 7,4 km haverá, ou uma terceira faixa de rolamento, ou calçadas e ciclovias em vez de acostamento, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O órgão justifica que a supressão do acostamento foi feito com base em estudos que levaram em consideração "as reais necessidades apresentadas por motoristas e usuários da rodovia, assim como dados técnicos, como Volume Diário Médio (VDM) e geometria".
Em toda a extensão haverá duas faixas de rolagem para cada uma das direções. Nos primeiros 3,5 quilômetros partindo de Sorocaba, ao invés de acostamento será construída uma terceira faixa para ser utilizada como desaceleração para entrar nos diversos bairros e propriedades a margem da rodovia. Segundo o DER, o projeto apontou maior necessidade na implantação das faixas adicionais, calçadas e ciclovias.
Na outra extremidade da rodovia, partindo de Salto de Pirapora, não existirá acostamento ou terceira faixa de desaceleração nos primeiros 3,9 km, tanto é que as guias já estão sendo instaladas rentes a pista com duas faixas de rolagem. Nos primeiros 2,2 km do que se transformará em avenida haverá calçada e ciclovias, e nos demais 1,7 km, somente calçadas. Segundo o DER, as características de avenida dá-se pela extrema urbanização do entorno, inclusive com comércios e propriedades e por isso considerou de extrema importância a implantação de calçadas e ciclovias. Nos 10 quilômetros centrais da SP-264, parte deles considerados com características rurais, haverá acostamento com três metros de largura em ambas as direções.
Como a supressão do acostamento nunca foi divulgada pelo DER, a instalação das guias rente a pista tem causado dúvidas e críticas nos usuários da via. Alguns chegaram até a dizer que as guias estavam sendo instaladas incorretamente, já que foram colocadas e na sequência retiradas. A policial militar da reserva, Luiza Soares, 52 anos, reside em um casa à margem da rodovia, na saída de Salto de Pirapora, onde já estão instaladas as guias. Ela teme que outro carro ou caminhão bata na traseira do veículo dela, já que terá que praticamente parar o carro na pista para subir a guia. O DER diz que nos trechos onde não houver acostamentos o limite de velocidade será igual ou inferior a 60 km/h para garantir melhores condições de segurança aos usuários que por ventura necessitem parar o veículo e solicitar o recurso de socorro mecânico ou guincho.
No quilômetro 117, onde havia uma rotatória de acesso à rua Sorocaba, há várias guias que foram deixadas, como se a entrada para aquela rua estivesse para ser fechada. O comerciante Leoval Maritan Modesto, 51 anos, que está montando um estabelecimento em frente disse que aquelas guias foram descarregadas, mas não chegaram a ser instaladas naquele ponto. Mas ele criticou contundentemente o fato de não haver acostamento naquele trecho. Questiona como vai parar para entrar com o tráfego ou ainda o que farão os motoristas que ficarem com o veículo quebrado na estrada sem acostamento.
O DER informa que os dispositivos de acesso, como rotatórias, serão remodelados e padronizados, para oferecer mais segurança aos motoristas. Sobre as paradas de ônibus, o DER informa que as empresas municipais responsáveis pelo transporte coletivo deverão entrar em contato para a implantação dos pontos de ônibus nos trechos necessários. O DER deixou de responder se a empresa instalou guias em locais errados e teve que desinstalar, como relataram alguns usuários da rodovia.
Notícia publicada na edição de 24/05/14 do Jornal Cruzeiro do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário