Suplicy fez discurso de apoio no plenário do Senado, na segunda-feira (3).
Veja aqui o discurso do Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) |
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) discursou no plenário do Senado, na noite desta segunda-feira (3), sobre a defesa dos moradores de Piedade (SP) contra a construção de uma pedreira na zona rural do município. Durante seu discurso, Suplicy leu uma reportagem publicada no G1 e TV TEM falando sobre o assunto.
Em entrevista ao G1, o senador diz que apoia os moradores, que estão preocupados com o impacto ambiental na região, que é coberta pela Mata Atlântica. O temor da população é de que a extração de granito acabe com a nascente do rio que abastece a região e principalmente as lavouras, base da economia da cidade.
Suplicy explica que enviou uma carta ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral, Sérgio Augusto Dâmaso de Souza, além dos secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, e presidente da Cetesb, Otávio Okano, questionando a construção da pedreira.
Suplicy conta que estava na cidade, a passeio, onde ficou quatro dias hospedado em uma pousada, e viu a reportagem do TEM Notícias. Logo após, ele conta que entrou em contato com a prefeita Maria Vicentina Godinho Pereira da Silva (PSDB) e também com o ex-prefeito, Jeremias Ribeiro Pinto (PT).
Os dois me atenderam e disseram que estão juntos contra a instalação da pedreira. O Meio Ambiente fez isso, conseguiu colocar do mesmo lado PT e PSDB", diz o senador.
Suplicy ressalta que a prefeita encaminhou um projeto de lei substitutivo ao Projeto de Lei nº 3, de 2013, no último dia 24 de maio, à Câmara Municipal, para alterar o zoneamento de Piedade. "Ela solicitou à presidente da câmara municipal, a vereadora Nilza Maria dos Santos Godinho, que fosse feita, em sessão extraordinária, na mesma noite em que fiz o discurso, mas, para conseguir fazer um parecer técnico, o projeto deverá ser votado na sessão desta terça-feira", explica Eduardo Suplicy.
Caso seja aprovado, a região das bacias dos Rios Pirapora e Sarapuí, que inclui a área onde se pretende instalar a pedreira, ficariam classificadas como Zona de Conservação de Mananciais. "Com isso, só poderão ser realizadas atividades agropastoris, de baixo impacto, mediante a preservação dos recursos hídricos", comenta o senador.
O projeto segue em votação na Câmara Municipal de Piedade, que começou às 18h desta terça-feira (4).
Pedreira x moradores
A pedreira ocupa 135 hectares no bairro Piraporinha, na zona rural de Piedade. A empresa MSX Mineradora pretende fazer a extração de granito. Para a instalação da pedreira é preciso autorização do município e o caso está na Justiça.
A empresa entrou com um pedido para a prefeitura se posicionar a respeito das atividades. A resposta do governo municipal foi desfavorável ao início da exploração, mas o assunto não está encerrado. A prefeitura pediu um estudo técnico ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e médio Tietê.
Enquanto isso, os moradores se mobilizam. Apesar de o bairro reunir 2 mil pessoas, um abaixo assinado que circula pela cidade conta com 7.500 mil assinaturas. O documento será entregue ao Ministério Público, Cetesb e órgãos de proteção ao meio ambiente.
Em nota, a empresa MSX Mineradora informou que a extração de granito geraria R$ 300 mil em impostos para o município. Em contrapartida aos possíveis impactos ambientais, a mineradora oferece benefícios como o fornecimento de brita para a recuperação das estradas rurais e a construção de um centro médico no bairro do Piraporinha. A pedreira geraria 220 empregos em duas etapas.
A empresa também diz que a exploração não causaria prejuízo para as lavouras, já que a área é distante das outras propriedades. A mineradora afirma que a atividade não produz resíduos que possam contaminar o meio ambiente.
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí
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