A Central Reguladora deveria funcionar em Sorocaba.
Cidades da região já desistiram de fazer parte do consórcio.
Ambulância do Samu parada a mais de 1 ano na Prefeitura em Salto de Pirapora |
Em Votorantim, cidade vizinha a Sorocaba, conforme mostrou o Tem Notícias, a ambulância do Samu está bem guardada. Dentro do barracão da prefeitura, faça sol ou chuva, ela fica protegida. Mas o correto é que estivesse nas ruas atendendo a população. Desde outubro de 2010, quando foi doada pelo Ministério da Saúde, nunca transportou nenhum paciente.
Segundo a secretária de Saúde da cidade, Gladys Barasnevicius, o município cumpriu todas as metas e obrigações que precisa para o consórcio e está no aguardo e dependência do funcionamento em Sorocaba.
Em Mairinque, também no interior paulista, a ambulância está equipada, profissionais treinados e uniformes comprados. A base do Samu já poderia funcionar, mas também depende de Sorocaba, onde vai funcionar a Central de Regulação do Samu Regional. Dentro da ambulância vários equipamentos parados. Maca, cilindros de oxigênio, desfibrilador. Segundo o coordenador do Samu da cidade, Ivan Azini, o pessoal está capacitado e o município espera a liberação da Central Reguladora que é Sorocaba.
Sorocaba foi escolhida para ser a sede do Samu Regional porque é a maior cidade e por ter o Conjunto Hospitalar, que é referência na saúde para diversos municípios.
Ambulância do Samu em Salto de Pirapora-SP |
No começo 15 municípios se interessaram em fazer parte do consórcio. Mas com tanta demora alguns já desistiram: São Roque, Tapiraí, Salto de Pirapora e Porto Feliz. O dinheiro que estes municípios mandariam para Sorocaba, para pagar as despesas do Samu Regional, não vai mais chegar. Com isso, a despesa fica maior para os municípios que continuam no consórcio.
Outro problema está na rede de hospitais. Santa Casa e Regional vivem em crise. De nada adianta pegar o paciente da região, chegar à Sorocaba e não ter onde internar.
Para o secretário da saúde de Sorocaba, Ademir Watanabe, não adianta começar um Samu Regional se não tiver a retaguarda e se não tiver para onde orientar, para onde encaminhar o paciente. “Nós temos um problema crônico na cidade que são leitos de UTI, principalmente UTI pediátrica. Então se eu não tenho este encaminhamento como é que eu posso regular um caso. Mandar pra outras cidades? Que outras cidades?”, disse o secretário.
O Ministério da Saúde não deve tomar as ambulâncias, diz que está acompanhando com os municípios o destino que cada um tem dado para as ambulâncias e se pode ajudar.
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí - Veja o vídeo - Clique aqui!
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