Em um ranking da Anatel, que avalia a qualidade das chamadas
telefônicas, a operadora teve a pior colocação. No Rio de Janeiro, por
exemplo, o serviço não completa uma em cada dez ligações.
Do R7.com
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Operadoras apostam em antenas nos postes de luz para melhorar cobertura
Vivo instalou 70 antenas em postes no Rio, antes de levar ação a Manaus.
A Oi avalia a ação, que pode ajudar a desafogar o tráfego de dados no país.
Em meio ao aumento da demanda por internet móvel, as operadoras estão
buscando alternativas urbanísticas mais amigáveis para a instalação de
antenas, e uma delas é utilizar os postes de iluminação, estratégia já
adotada pela Vivo e analisada por Oi, TIM, Claro e Nextel.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),
existem hoje 60,4 mil torres de telecomunicações no Brasil. Mas com o
aumento estimado de 200% do tráfego de rede com uso de tablets e
smartphones nos últimos anos, essas instalações já não são suficientes
para atender a demanda, segundo o SindiTelebrasil (sindicato das
empresas do setor).
As operadoras têm dificuldades para instalar novas antenas devido às
restrições urbanísticas impostas por legislações municipais, que
retardam a aprovação de novas torres em até um ano, disse Carlos Duprat,
diretor do sindicato.
"Existem mais de 250 municípios com legislações próprias para a
instalação de antenas e todas muito restritivas", declarou Duprat. Uma
proposta para normatizar a instalação dos equipamentos, apoiada pelo
governo federal, tramita no Congresso Nacional.
Para apresentar alternativas mais amigáveis do ponto de vista
urbanístico, a Vivo lançou há cerca de quatro meses o projeto-piloto
"Site Sustentável" em parceria com o Sinditelebrasil e aprovado pela
prefeitura do Rio de Janeiro.
O projeto consiste em colocar antenas em postes de iluminação, com
equipamentos enterrados, o que evitan instalar elementos novos sobre o
mobiliário urbano.
O diretor de redes da Vivo, Leonardo Capdeville, explicou que há quatro
anos as operadoras já podem instalar equipamentos de telefonia em
postes de transmissão de energia elétrica. Esses postes, porém, ficavam
sobrecarregados de equipamentos, o que poluía visualmente as cidades.
"Passamos então a trabalhar em um modelo com impacto menor", disse.
A operadora já substituiu dez postes de luz no Rio de Janeiro, no qual
foram instaladas antenas, e a expectativa é ampliar o projeto para
outros municípios, chegando até o fim do ano com 70 postes e, até abril
de 2014, a cem.
Em setembro, a ideia começará a ser implantada em Manaus, e a empresa
negocia com os governos de São Paulo, Aracaju e Distrito Federal.
A Vivo entrou recentemente com pedido para patentear a tecnologia, mas
informa estar disposta a abrir mão da patente para que outras operadoras
adotem o projeto. Segundo Capdeville, algumas concorrentes já entraram
em contato.
A troca do poste por outro semelhante, mas com antena, é mais barata
que a instalação de estrutura de uma torre nova, cujo preço pode chegar a
R$ 300 mil.
"O modelo que a gente tem era viável até a geração anterior, quando só
era usado o serviço de voz. Agora com dados, esse modelo é
insustentável", disse Capdeville, admitindo que o ritmo de instalação de
antenas no Brasil ainda é lento, "principal razão pela degradação da
qualidade do serviço".
Em média, são instaladas de dez a 20 antenas diariamente no país,
segundo o diretor do Sinditelebrasil, Carlos Duprat. "A previsão é
dobrar o número de antenas em três anos."
Duprat disse que todas as operadoras estão interessadas no projeto
iniciado no Rio de Janeiro, que foi inspirado em experiências de outras
cidades no mundo.
Consultada, a Oi afirmou em comunicado que avalia, junto a operadoras e
fornecedores, projetos alternativos para implantação de antenas de
telefonia com redução do impacto visual no meio urbano.
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